terça-feira, outubro 26, 2004
Grito
Hoje aquele grito ficou preso na minha alma.Diz quem ouviu que gritei mais que uma vez, que gritei deseperadamente, que iria certamente ficar afónica, acordar os vizinhos, essas coisas impensáveis.
Mas aquele grito ficou na minha alma, abriu um espaço dentro de mim, que agora está vazio e se impõe, de cimento, pedra e cal, que exige explicações.
Vocês também têm gritos assim? Que pedem explicações, que exigem um porquê para a sua existência. Que recusam ser mais um clone da minha garganta, que querem uma origem, clinica quase.
Fazes de tudo um caso clínico.
Bolas. Farei mesmo?
Odeio a psicologia.
Sinto-me violada por este grito, por estas letras, por vós.
Espero, desespero, que seja mesmo só por mim.
Mas aquele grito ficou na minha alma, abriu um espaço dentro de mim, que agora está vazio e se impõe, de cimento, pedra e cal, que exige explicações.
Vocês também têm gritos assim? Que pedem explicações, que exigem um porquê para a sua existência. Que recusam ser mais um clone da minha garganta, que querem uma origem, clinica quase.
Fazes de tudo um caso clínico.
Bolas. Farei mesmo?
Odeio a psicologia.
Sinto-me violada por este grito, por estas letras, por vós.
Espero, desespero, que seja mesmo só por mim.

